Paraty ou Parati é uma cidade no extremo sul do estado do Rio de Janeiro, foi sede de um dos portos mais importantes da época colonial, e ainda hoje mantém em parte o charme dos casarios antigos que hoje são lojas, restaurantes e pousadas no chamado Centro Histórico, onde se destaca a Igreja Católica de Santa Rita de Cássia e a Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Remédios, que apesar de eu e minha esposa não sermos católicos, admiramos a arquitetura da fachada externa. Os casarios tem influencia maçonica na fachada e no relevo. O Centro Histórico, considerado pela UNESCO como "o conjunto arquitetônico colonial mais harmonioso" é Patrimônio Nacional tombado pelo IPHAN, foi construído abaixo do nível do mar e por isso quando a maré enche parte de suas ruas ficam alagadas, contam os guias locais que assim foi feito para que houvesse a lavagem das ruas, já que não havia saneamento básico naquela época. As ruas são de pedras e remonta a época de 1820, quando suas ruas já possuiam seu calçamento "pé de moleque", muitos afirmam que eram essas pedras portuguesas, e que vinham como lastro nas caravelas e descartadas aqui e utilizadas no calçamento das ruas. Então nem pense em salto alto para andar lá, pode ser desastroso. O guia local nos disse que as telhas utilizadas nos casarios eram feitas nas cochas dos escravos, observando o formato delas vimos que tem lógica.
Fomos em 2009 no Feriado de Corpus Christ a convite de uma amiga nossa, ficamos na
Pousada da Praia, (única disponível pois reservamos dois dias antes do feriado) com piscina pequena, quarto médio/baixo conforto, bom café da manhã e estacionamento é na rua, fica próximo a Centro Histórico e muito próximo a praia do Pontal, uns 50 a 100 metros caminhando pela rua.
Assim que chegamos na pousada já saímos para um passeio para Trindade que está situada a 25 quilômetros ao sul de Paraty, na divisa com Ubatuba e possui cinco das mais bonitas praias de Paraty (Brava, Cepilho, Fora, Trindade e Figueiras), uma piscina natural de água salgada (o Caxadaço) e algumas cachoeiras, Fomos pela Paraty Tours e ficamos quase o dia inteiro lá, no outro dia fizemos um JeepTour pela Paraty Best Travel nas Cachoeiras de Paraty, onde fomos à Cachoeira do Tobogã, Cachoeira Poço do Tarzã, Cachoeira da Pedra Branca, Alambique de Pinga Engenho D'ouro e paramos para almoçar na Fazenda Murycana (atualmente está fechada) que costumo brincar chamando de Muquirana pois o almoço lá não era bom, todos do passeio saíram reclamando, demorou muito pra servir o almoço, pedi um suco de abacaxi para acompanhar que só veio depois que tinha terminado de almoçar e mesmo assim depois de ter reclamado muuuuuito da demora, tinha animais na área das mesas e cocô de galinha em uma mesa, porém o restante da fazenda até que era legal, tinha um museu aberto ao público, lojinhas, animais para tirar fotos, arvorismo, etc..., depois voltando para cidade paramos numa Exposição de Bromélia, bem legal também. no Dia seguinte fizemos o Passeio de Barco também pela Paraty Tours onde mergulhamos com peixinhos na Ilha Comprida, paramos na Praia Vermelha, Praia Saco da Velha e depois uma parada no mar para almoço, que é opcional, nós almoçamos, muito bom!!! No final do passeio fizemos o Passeio de Charrete pelo Centro Histórico, bem legal também, mas é bem rápido o passeio.
A noite sempre íamos andar no Centro Histórico, ver as lojinhas, os artistas de rua, comer, mas como lá é tudo muuuito caro, para nossas possibilidades, fomos então no Best Burguer que é muito bom e barato e ainda quando comprei um sunday veio outro de graça.
No último dia visitamos o Forte do Defensor Perpétuo no Morro da Vila Velha ou Ponta da Defesa, o terreno elevado oferecia melhores condições de defesa, o Forte ficou em ruínas até 1822, quando o foi reconstruído e recebeu o nome atual em homenagem a D. Pedro I, o imperador e Defensor Perpétuo do Brasil. Já sem uso militar, foi tombado pelo IPHAN que, nos anos 60, restaurou o imóvel. A construção guarda as proporções e a leitura do casario do Bairro Histórico, com os cômodos ambientados como na época da função militar, com destaque para a casa do Comandante. No acervo do Forte há peças autenticas confeccionadas na Grã-Bretanha, como os canhões de 12 Tiros, que ativaram uma bala de cerca de 6 Kg a 2km de distância, usando 2 Kg de pólvora e também as tachas ou caldeirões para a produção de açúcar, de origem inglesa, e outras peças de fazendas da região, como um tronco de escravos e tambores de Jongo, todos do período colonial, vale a pena conferir também. De lá tem-se uma bela vista da baia de Paraty.